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agosto 17, 2021

Fibromialgia é a maior causa de dor crônica no Brasil

Transtorno prejudica a qualidade de vida e acomete principalmente mulheres, entre os 30 e 60 anos

A fibromialgia é um transtorno crônico que acarreta grande impacto na qualidade de vida de milhares de pessoas, pois, provoca dores musculares fortes por todo o corpo. Acompanhada de sintomas como fadiga, alterações de sono, memória e humor, a fibromialgia costuma afetar cerca de 2% das mulheres, entre 30 e 60 anos e 0,5% dos homens. Existem, no entanto, casos registrados em pessoas mais jovens acometidas pela doença e até crianças.
“A fibromialgia pode ser, na verdade, considerada uma síndrome, pois, além das dores, existem outras queixas, como alterações urinárias e intestinais, distúrbio do sono, cansaço excessivo e até depressão”, explica a Dra. Carla Miranda, neurocirurgiã especializada em dor, no Rio Branco Centro Médico, em São José dos Campos. As causas da doença ainda não são totalmente conhecidas, mas, sabe-se que ela pode decorrer do uso frequente e inadequado da musculatura por um período longo ou mesmo após um evento agudo que atinja algum grupo muscular como, por exemplo, um estiramento.
Há ainda uma teoria que relaciona o início das queixas após um episódio marcante na vida da pessoa, como uma morte na família, divórcio, ou mesmo depois de uma outra doença ou cirurgia qualquer. “A dor pode ocorrer de forma localizada ou em toda uma região do corpo, porém existe uma preferência pelos tecidos ao redor da coluna vertebral, principalmente a região cervical. Uma queixa comum é ouvirmos que a “dor anda”, pois afeta várias partes do corpo em alguns pacientes, ora estando mais forte num local e depois em outro”, reforça a médica.
O tratamento da fibromialgia depende de uma equipe multidisciplinar composta por neurologistas, reumatologistas, psicólogos e psiquiatras, além de clínico, nutricionistas e fisioterapeutas. As medicações ajudam contra a dor, mas os exercícios fisioterápicos têm se mostrado de extrema importância no tratamento. “Após o período de melhora, o paciente pode iniciar a prática frequente de exercícios aeróbicos, para manutenção da saúde, pois, assim existirá a liberação de endorfinas (analgésico do nosso corpo) e serotonina (que melhora o humor), inclusive com a possibilidade de retirada das medicações”, ressalta a Dra. Carla.
Outra orientação, segundo a Dra. Carla, é de que o paciente não abandone coisas que lhe tragam prazer, como o lazer que não deve ser negligenciado, pois, quando o paciente distrai seus pensamentos, consequentemente há uma diminuição da dor. “Existem grupos de apoio a pacientes com fibromialgia no mundo todo, onde os profissionais orientam e acompanham a evolução da doença. Na região do Vale do Paraíba há um grupo na UNIFESP e para saber mais, basta entrar em contato no site da instituição ou na secretaria”, finaliza a Dra.
DADOS – Atualmente, 37% da população brasileira convive com algum tipo de dor crônica, de acordo com dados da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED).
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